Crie crianças sem orgulho, mas cheias de amor-próprio

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O orgulho leva as crianças a ficarem na defensiva e reagir com violência. Por outro lado, o amor-próprio permite que respeitem os outros ao mesmo tempo que respeitam a si mesmas.

Educar uma criança emocionalmente é uma grande responsabilidade. É mais complicado do que ensinar a usar um garfo ou calçar os sapatos, pois envolve ajudá-la a compreender e controlar as emoções. A linha que separa o orgulho do amor-próprio é tênue e, às vezes, difusa, mas é importante deixar clara a diferença entre os dois conceitos.

Quando tentamos incutir valores nos nossos filhos, geralmente nos concentramos em lembrá-los de serem educados, gentis e atenciosos com os outros. Ensinamos a desenvolver a empatia, a pedir perdão e a fazer favores. Mas, muitas vezes, nós nos esquecemos de ajudá-los a desenvolver esse amor e esses hábitos primeiramente consigo mesmos.

Mais tarde, quando um colega tenta tirar vantagem deles ou sentimos que eles se deixam levar demais pela opinião alheia, insistimos que se “defendam”, pedindo que tenham mais orgulho. Mas, dessa forma, transmitimos a eles uma atitude errada.

Diferenças entre orgulho e amor-próprio

O orgulho nos leva a reagir de forma automática e impulsiva diante do que o outro faz ou diz. Portanto, uma criança orgulhosa provavelmente será respondona, desafiadora e com pouca capacidade de reflexão.

Ela terá aprendido a pular como uma mola quando não gostar do comportamento de outra pessoa. E, mesmo que a nossa intenção seja a de que ela aprenda a se defender na escola, é provável que ela se comporte da mesma forma em casa.

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Por sua vez, o amor-próprio nos permite agir com mais calma e maior consciência do que estamos fazendo. Ele nos permite refletir e escolher a resposta mais adequada. Diante de uma ofensa, uma criança com amor-próprio não reage atacando ou insultando. Ao contrário, ela será capaz de refletir que o mais conveniente é colocar limites ao outro ou simplesmente se afastar.

Relações de poder

Partindo do orgulho, as relações sociais são percebidas como lutas pelo poder. Alguém está acima e o outro abaixo. Portanto, a maior prioridade é se sentir e se mostrar superior. Uma criança orgulhosa provavelmente será soberba, sempre vai querer ter a razão e não vai ouvir os pontos de vista dos outros.

Ela verá seus relacionamentos com a família e os amigos como uma espécie de batalha na qual sempre estará pronta para se defender. O orgulho será, ao mesmo tempo, seu escudo e sua espada e, por isso, ela não hesitará em proferir palavras ofensivas para sair vitoriosa. Além disso, é provável que ela se mostre mais suscetível e geralmente se sinta atacada com mais frequência.

Pelo contrário, uma criança com amor-próprio aprendeu a amar a si mesma e, portanto, a amar os outros. Ela verá os relacionamentos como uma troca positiva e agradável e será capaz de perceber o lado mais gentil das pessoas. Além disso, ela não vai sentir a necessidade de estar acima, mas também não vai se sentir inferior aos outros.

Ela terá compreendido que todos somos valiosos, tanto ela quanto os outros. Portanto, será gentil e empática com as pessoas ao redor, mas também será capaz de expressar sua opinião com respeito, porém sem medo. Ela vai ouvir as opiniões dos outros, tendo em mente que a dela é igualmente importante.

Autoestima

Por fim, embora possa parecer que as pessoas orgulhosas tenham uma autoestima mais elevada, na verdade, é exatamente o oposto. O orgulho é uma armadura, um muro que construímos quando nos sentimos inseguros. Se precisamos construir uma barreira, é porque sentimos que os outros podem nos atacar e porque nos percebemos como frágeis. Mostrar orgulho é uma máscara que esconde o medo interno.

Uma criança que desenvolveu um amor-próprio saudável se sente tranquila, sabendo que é valiosa, suficiente e capaz. Ela não precisa menosprezar os outros para se sentir importante, porque sabe que ela já é importante por si mesma. Da mesma forma, não precisa entrar em batalhas ou discussões. Ela não é tão vulnerável à opinião alheia, pois sua base de autoestima é firme.

O amor-próprio é o ponto-chave

O amor-próprio é o que realmente nos permite estabelecer limites saudáveis ​​para que os outros não nos prejudiquem, sem a necessidade de feri-los. Por isso, ajude seu filho a cultivar um amor forte e sincero por si mesmo. Lembre-se de que esta é uma tarefa que exige perseverança, que deve ser trabalhada a cada dia. Porém, sem dúvida, isso vai ajudá-lo a ter uma vida mais feliz e relacionamentos mais saudáveis.

Fonte: Sou mamãe – Imagens: Reprodução.

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