Como manter a saúde cognitiva na terceira idade

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À medida que envelhecemos, é natural que algumas funções cognitivas diminuam. No entanto, existem várias estratégias para manter o cérebro ativo e saudável.

A saúde cognitiva é um pilar fundamental do nosso bem-estar geral, especialmente na terceira idade. Não só determina a capacidade de lembrar e aprender, mas também desempenha um papel vital na tomada de decisões, nas relações interpessoais e na preservação da autonomia pessoal.

Manter a mente saudável e ativa pode reduzir o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou demência. E embora essas condições não possam ser completamente evitadas, alguns hábitos podem atrasar o seu aparecimento ou minimizar o seu impacto.

5 dicas para preservar a saúde cognitiva na terceira idade

O bem-estar cognitivo abrange habilidades como memória, atenção, raciocínio, percepção e resolução de problemas. É um aspecto crucial à medida que envelhecemos, pois resulta numa mente ativa e contribui para a independência e o bem-estar geral dos idosos. Aqui estão algumas maneiras de mitigar o declínio cognitivo na terceira idade.

1. Faça uma dieta balanceada

A adoção de hábitos de vida saudáveis é crucial para manter a saúde cognitiva. De acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento, uma dieta balanceada pode ajudar a lidar com alterações na memória e nas habilidades mentais. Comer frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis ajuda a melhorar a saúde do cérebro.

Da mesma forma, suplementos dietéticos para melhorar a memória podem apoiar o desempenho mental e complementar a dieta. Existem produtos concebidos para fortalecer as funções cerebrais e proteger contra o declínio cognitivo. Porém, é fundamental consultar um profissional de saúde antes de começar a consumi-los.

Esses tipos de suplementos contêm compostos que demonstraram benefícios potenciais para a função cerebral. Entre eles destacam-se: ácido fólico, fosfatidilserina, ginkgo biloba, ácidos graxos ômega-3 e vitaminas B6 e B2.

2. Pratique atividade física regularmente

De acordo com uma pesquisa publicada na Revista Española de Salud Pública, fazer exercícios físicos de intensidade moderada 3 a 5 vezes por semana pode melhorar o desempenho mental em pessoas com mais de 45 anos de idade com comprometimento cognitivo leve. Manter-se ativo ajudaria a fortalecer a memória, a atenção e a velocidade de processamento mental.

A atividade física promove a formação de novos neurônios no hipocampo, região do cérebro associada à memória e ao aprendizado. Da mesma forma, a liberação de endorfinas e outros neurotransmissores durante o exercício melhora o humor e reduz o estresse, o que teria um impacto positivo na saúde cognitiva dos idosos.

Para os idosos, o mais recomendado é fazer exercícios aeróbicos, como caminhada, natação, ciclismo e dança. Esses exercícios melhoram a resistência cardiovascular e aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro. É aconselhável fazer pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana.

3. Descanse o suficiente

Durante o sono, o cérebro desempenha diversas funções reparadoras cruciais, incluindo consolidação da memória, eliminação de toxinas e regulação das emoções. A qualidade e a quantidade do sono podem ter um impacto significativo na função cognitiva diária e na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Um estudo da Revista Médica de Chile descobriu que tanto dormir demais (mais de 9 horas por dia) quanto dormir pouco (menos de 6 horas por dia) estão relacionados a uma maior deterioração cognitiva em pessoas com mais de 60 anos. Por conta disso, é recomendado manter uma rotina de sono de 7 a 8 horas por dia para promover o bem-estar mental e a qualidade de vida.

4. Faça atividades que estimulem o cérebro

Sair com os amigos e jogar cartas ou xadrez ajuda os idosos a se divertirem, socializarem e estimularem suas mentes.


O envolvimento em atividades que desafiam o cérebro pode ajudar a melhorar a memória, a atenção e as habilidades de resolução de problemas. Ler, resolver quebra-cabeças, jogar jogos de tabuleiro e aprender novas habilidades ou hobbies são ótimas maneiras de manter sua mente afiada.

O aprendizado contínuo e a prática de tarefas que exigem concentração e pensamento crítico podem promover a plasticidade cerebral. Isso ajuda a fortalecer as conexões neuronais e a criar novas sinapses.

5. Promova a socialização

Participar de atividades sociais e manter relacionamentos com amigos e familiares pode reduzir o risco de declínio cognitivo e melhorar o bem-estar emocional.

Você pode participar de eventos e atividades sociais, como workshops e integrações, ou participar de grupos de interesse, como clubes do livro ou associações comunitárias. Dessa forma, você terá oportunidades de interagir com outras pessoas e manter sua mente ativa.

Cuidar da saúde cognitiva na terceira idade é essencial

Com uma alimentação equilibrada, exercício físico regular, um bom descanso e atividades que desafiem a nossa mente, podemos fortalecer as nossas capacidades cognitivas e desfrutar de uma vida mais plena e ativa. Lembre-se de que cada pequeno hábito positivo que incorporamos à nossa rotina pode fazer uma grande diferença na nossa qualidade de vida à medida que envelhecemos.

Fonte: A Mente é maravilhosa – Imagens: Reprodução/A Mente é maravilhosa

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Leia também:

Bibliografia:

  • Ballarín, N, L., Malo, S., & Moreno, F. B. (2022). Efecto de intervenciones basadas en ejercicio físico y dieta sobre la evolución de deterioro cognitivo leve a demencia en sujetos mayores de 45 años. Revisión sistemática. Revista Española de Salud Pública, 95, 202102032. https://www.scielosp.org/article/resp/2021.v95/e202102032/
  • (21 de diciembre de 2023). Memoria, olvido y envejecimiento.  https://www.nia.nih.gov/espanol/memoria/memoria-olvido-envejecimiento
  • Nazar, G., LEIVA, A., Troncoso, C., Martínez, A., Petermann-Rocha, F., Villagrán, M., … & Celis-Morales, C. (2019). ¿Cuál es la asociación entre el tiempo destinado a dormir y el desarrollo de deterioro cognitivo en adultos mayores chilenos? Revista Médica de Chile147(11), 1398-1406. https://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0034-98872019001101398&script=sci_arttext&tlng=en





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